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Publicado em 30 de jun de 2015 às 16:01
Um exemplar de gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi) com pelagem enegrecida ou melânica foi registrado pela equipe da Gestão Ambiental (STE S.A.) das obras de duplicação da BR-116/RS. Inserida na categoria vulnerável de ameaça de extinção no Rio Grande do Sul e quase ameaçada no Brasil, a espécie foi flagrada pelo equipamento no dia 13 de maio. “É um felino com ocorrência descrita somente para o Bioma Pampa, ou seja, no Brasil ele ocorre somente na região sul do Estado”, afirma a bióloga Michele Buffon Camargo, especialista em mamíferos da STE S.A. Ela explica que o melanismo “é uma variação genética relacionada com a concentração de pigmentação numa determinada área do corpo, afetando também pêlo, penas, pele e escamas, criando assim novos padrões nos animais”. Em geral, a coloração da pelagem do gato-do-mato-grande varia de cinza-clara a amarelo-ocre, e o corpo é coberto por pequenas pintas negras sólidas.
As imagens do felino foram capturadas por meio de armadilha fotográfica instalada na mata ciliar do Arroio Pelotas, um dos pontos de amostragem do Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores. O equipamento utilizado pela equipe consiste de uma máquina fotográfica acondicionada em caixa e controlada por sensores de raios infravermelhos, os quais são capazes de detectar o calor corporal irradiado e movimentos que acionam o seu funcionamento. No livro Mamíferos do Rio Grande do Sul (Editora UFSM) constam outras informações sobre este felino carnívoro, de hábito solitário, terrestre e noturno. Em relação às principais ameaças a sua existência, a obra menciona a alteração de seus hábitats por atividades de pecuária, queima de campos nativos e drenagem de áreas úmidas, além da caça motivada por predação a animais domésticos e atropelamentos.
Outros mamíferos ameaçados de extinção já foram registrados pela Gestão Ambiental, como a lontra, a paca, o quati, o gato-mourisco e o gato-maracajá. As campanhas de bioindicadores ocorrem trimestralmente com o objetivo de enriquecer o conhecimento sobre os animais da região e, assim, subsidiar ações de manejo e conservação da fauna para mitigar o efeito que a duplicação da rodovia pode causar a ela. Os grupos estabelecidos para o monitoramento incluem ainda os peixes, anfíbios, répteis e aves.
Fonte: STE S.A.